sexta-feira, 28 de maio de 2010

Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia 2010

Queridos colegas, 

O Congresso de Fonoaudiologia 2010 acontecerá na linda cidade de Curitiba-Paraná. De grande importância para todos nós Fonoaudiólogos, teremos momentos para atualização profissional, para encontrar os amigos, conhecer novos amigos, promover a troca de conhecimentos científicos, que norteiam a nossa profissão. 

O lema do evento é: Exercício Profissional - Bases Teóricas, Avanços e Realidade Nacional.

Nos aguardam as tradicionais mesas redondas e simpósios interdepartamentais, além disso teremos Curso Instrucional. Vários temas estão disponíveis para votação de associados no site da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, se você é um associado e ainda não votou, vote!
Temas livres orais comentados por jovens doutores e destacados professores da área, pôsteres na sessão "Café com Ciência", simpósios satélites dos expositores. Destaque será dado para os trabalhos que receberem a distinção de "Excelência em Fonoaudiologia" e "Menção Honrosa", apresentados em sessão especial, no último dia do congresso - sessão "Prata da Casa", comentada por especialistas nas áreas.

Será uma verdadeira confraternização nacional! 


Aguardem a programação!

sábado, 22 de maio de 2010

Este espaço é seu!

Dislexia


É definida como um distúrbio de aprendizagem da leitura e estende-se à escrita e soletração.
Todo esse processo não é resultado de desatenção, má alfabetização, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência como muitos imaginam.
O que ocorre na dislexia é uma dificuldade específica nos processamentos da linguagem para reconhecer, reproduzir, identificar, associar e ordenar os sons e as formas das letras.
Há uma condição genética e hereditária que acompanha a dislexia, além de um modo característico de funcionamento dos centros neurológicos de linguagem.
Percebemos os múltiplos fatores que envolvem essa temática e por isso a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais especializados - Psicólogo, Fonoaudiólogo e psicopedagogo.

Algumas crianças, desde muito cedo, podem apresentar características que servem de sinais de alerta aos pais e educadores a respeito da dislexia:

- A criança pode demorar ou apresentar dificuldade em segurar uma colher, por exemplo ao se alimentar sozinha;
- Dificuldade em fazer o laço no cadarço do sapato;
- Demora ou tem dificuldade em pegar ou chutar uma bola;
- Pode demorar mais do que outras crianças para aprender a andar;
- Apresenta atraso no desenvolvimento da linguagem oral (falar as primeiras palavras);
- Dificuldade na aprendizagem das letras.

* Esses sinais caracterizam "crianças de risco". Eles servem para observação e ficarmos atentos ao processo de desenvolvimento e aquisição da linguagem escrita. São apenas indícios, não quer dizer que essa criança tenha dislexia. Além disso, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação.

Alunos com Dislexia podem demonstrar tristeza, baixa autoestima, culpa e insegurança. "Mas eu não sei", "não consigo" são frases ditas frequentemente por alunos com dislexia. Recusa-se a realizar atividades por medo de que os erros apareçam e sejam ridicularizados pelos colegas. A maioria nessa situação cria um vínculo negativo com a aprendizagem apresentando alguma atitude agressiva com colegas e professores.
O que é importante destacar é que o quanto antes for diagnosticado melhor para todos: os pais, a criança, a escola, e isso ocorre quando a criança passa pelo processo de alfabetização. Nessa fase, trocas de letras e ler com dificuldades é normal, porque a criança está aprendendo. Se as dificuldades são persistentes é a hora certa de procurar ajuda especializada.
 
O diagnóstico é realizado por exclusão e fatores deverão ser descartados: déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são consequências, não causa da dislexia). Para isso a equipe multiprofissional - Psicólogo, Fonoaudiólogo e psicopedagogo poderá solicitar parecer de outros profissionais como: Neurologista, Oftalmologista, entre outros, de acordo com cada caso.

Além do acompanhamento com a equipe multiprofissional especializada é de fundamental importância a acolhida das escolas a esses alunos que deve acontecer sem modificar os seus projetos pedagógicos curriculares. Os procedimentos didáticos adequados possibilitam ao aluno desenvolver todas as aptidões, que são diversas. É preciso que os professores proporcionem aulas de qualidade para atingir a todos os alunos.

Seguem algumas orientações para professores de alunos com Dislexia:
- Use sempre que possível recursos visuais como: vídeos, retroprojetor, slides, etc;
- Proponha atividades fora da sala de aula - pesquisa, atividades em laboratório, entrevistas;
- Elabore um resumo do programa a ser desenvolvido durante a semana;
- Após a explicação do conteúdo diário, forneça um breve resumo - recapitulando do conteúdo;
- Avise antecipadamente leitura de livros ou textos.


INTERLIGADO


- Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 5% e 17% da pupolação mundial tem dislexia. E que a alfabetização precoce não está relacionada com a dislexia e que alunos podem continuar com dislexia mesmo na fase adulta;

Sabia?

- Em 1887, Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart (Alemanha), usou o termo dislexia para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade de aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais sem dificuldades em todos os outros aspectos. (Fonte: Uber Dyslexie. Archiv fur Psychiatrie).

- Os disléxicos não apresentam problemas psiquiátricos ou neurológicos nem deficiência intelectual ou sensorial;

- A dislexia é mais comum em meninos que em meninas;

- Mesmo vivenciando essas dificuldades, com maior ou menor intensidade, algumas pessoas conseguiram desempenhar brilhantemente suas atividades na literatura, na ciência, na escultura, no esporte, no cinema, nos negócios na pintura, na política e outros campos ( Ex. Albert Einstein, Tom Cruise, Alexander Graham Bell, Walt Disney, Thomas A. Edison, Robin Williams, Leonardo da Vinci...);


Saiba mais: http://www.dislexia.org.br (Associação Brasileira de Dislexia)
                http://www.apad-dislexia.org.br (Associação de Pais e Amigos dos Disléxicos)

domingo, 9 de maio de 2010

Olha-me nos Olhos - A minha vida com Asperger

A quem interessar, encontra-se nas Livrarias a autobiografia de John Elder Robison... Ele tem a Síndrome de Asperger.

Edição: 2010
Páginas: 312
Editor: Editorial Presença

Sinopse:



"Tal como qualquer criança, tudo aquilo que John Elder Robison mais queria na sua infância era fazer amigos. Mas desde cedo se apercebeu também que os seus estranhos hábitos o afastavam daquilo que era considerado um comportamento «normal».

Só aos quarenta anos é que lhe diagnosticaram correctamente uma forma de autismo designada síndrome de Asperger. Olha-me nos Olhos – A minha Vida com Asperger é o seu percurso antes e depois desta revelação – desde as dificuldades de integração até à adaptação a um modo de vida funcional.


Uma autobiografia inspiradora para todos aqueles que se sentem fascinados pelo extraordinário poder da mente e do espírito humano. "


Saiba Mais!

*Síndrome de Asperger: É o nome dado a um grupo de problemas que algumas crianças (e adultos) têm quando tentam comunicar com outras pessoas.
Esta Síndrome foi identificada em 1944, mas só foi oficialmente reconhecido como critério de diagnóstico em 1994. Como resultado, muitas crianças foram mal diagnosticadas com síndromes como Autismo, Perturbação Obsessivo – Compulsivo, etc.
Ao longo dos tempos muitos foram os termos utilizados para definir esta síndrome, gerando grande confusão entre pais e educadores. Síndrome de Asperger é o termo aplicado ao mais suave e de alta funcionalidade daquilo que é conhecido como o espectro de desordens pervasivas (presentes e perceptíveis a todo o tempo) de desenvolvimento (espectro do Autismo). Crianças com Síndrome de Asperger, podem ou não procurar uma interação social. (Fonte: http://www.psicologia.com.pt/)



Deixe aqui seu comentário sobre esta autobiografia!!!





Dr.Stanley Greenspan - Uma nova visão do Autismo

Uma Carta do Dr. Stanley Greenspan



Hoje parece que quase todo mundo conhece um amigo ou um parente que tem uma criança com algum transtorno do desenvolvimento. Não é surpresa, uma vez que as estatísticas atuais colocam uma criança a cada 116 no espectro autista. Essa estatística alarmante alavancou o lançamento recente de uma campanha de dez anos do governo federal para entender e tratar as crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Mas se queremos mesmo mudar a perspectiva dessas crianças, precisamos começar a mudar as nossas concepções.O que se sabia antes em relação ao potencial de crianças com esses transtornos era profundamente pessimista.

A abordagem comportamental amplamente utilizada para o tratamento ensina habilidades de rotina com o principal objetivo de mudar comportamentos, e a percepção é de que as dificuldades dessas crianças nas áreas da leitura de estímulos emocionais, da empatia e do pensamento criativo representam limitações permanentes que não podem ser tratadas.Mas elas podem. As crianças originalmente diagnosticadas com ASD podem aprender a se relacionar, amar outros profundamente e muitas podem aprender a se comunicar e pensar criativa e logicamente.

Em contraste ao modelo mais antigo, a nova abordagem reconhece que cada criança possui um caminho único para o distúrbio, e, portanto, cada caminho da criança para a melhoria pode também ser único. Além de superar os sintomas, o objetivo do tratamento do novo modelo é ajudar a criança a dominar os marcos emocionais saudáveis que foram perdidos na sua fase de desenvolvimento inicial, e que nós agora sabemos que são críticos para o aprendizado. Construir essas bases ajuda as crianças a superar os seus sintomas de maneira mais eficiente, em vez de simplesmente tentar alterar os sintomas em si.

Tome o caso de "David". Aos 2 anos e meio, David não conseguia utilizar-se da linguagem de maneira significativa e fazia muito pouco contato visual com os outros. Ele iniciava um comportamento repetitivo, colocando carros em filas muitas e muitas vezes. O programa de tratamento de David com base no modelo antigo de tratar os sintomas o ajudou a memorizar mais palavras, mas ele não se tornava mais espontâneo ou interagia com os outros.

Era claro que David estava perdendo peças cruciais do seu desenvolvimento primário. O nosso objetivo era ajudá-lo a aprender a apreciar uma intimidade verdadeira com a sua família, responder a estímulos sociais e emocionais, e a usar uma linguagem compreensível. Para isso, nós tivemos de descobrir que ele era supersensível ao som - a voz humana normal era quase assustadora para ele - e ele ficava confuso com o que escutava e via, tornando difícil para ele apreciar a intimidade, se comunicar ou pensar. David também tinha dificuldade para descobrir como executar ações que exigissem mais de um passo, tal como correr atrás da bola e trazê-la de volta. Isso dificultava a sua interatividade social.

Ao trabalharmos com a família num programa compreensivo para lidar com as peças faltantes no desenvolvimento de David, nós fomos gradualmente capazes de criar experiências onde ele poderia sentir prazer numa relação mais próxima e calorosa com a sua família, e iniciar uma comunicação natural de troca com gestos e palavras.

No jardim de infância, David era capaz de se relacionar com outros com um afeto real. Ele tinha vários amigos e um senso de humor travesso. Ele estava numa sala de aula convencional e até apresentou habilidades precoces de leitura e de matemática. David agora com quinze anos é caloroso, criativo e popular com os colegas - como qualquer adolescente típico. Enquanto nem todas as crianças com dificuldades de desenvolvimento substanciais terão esse tipo de progresso, a maioria das crianças utilizando a abordagem moderna do desenvolvimento está dando passos largos e significativos nas áreas sociais e emocionais, bem como no crescimento intelectual.


O modelo moderno tem o potencial para revolucionar a identificação e a intervenção desde o início. Numa ampla pesquisa de saúde conduzida pelo Centro Nacional para as Estatísticas da Saúde, a adição de marcos emocionais descritas nesse novo modelo resultou na identificação de 30% mais crianças com risco de problemas de desenvolvimento. E numa análise de 200 casos utilizando esse novo modelo, observou-se um subgrupo de crianças com desenvolvimento de habilidades que anteriormente acreditava-se que crianças diagnosticadas com ASD não conseguiriam: intimidade com adultos e colegas, empatia, criatividade e pensamento lógico. Como David, essas crianças participam de programas de educação regulares e fizeram progressos acadêmicos excelentes.

Infelizmente, os novos conceitos ainda não são amplamente utilizados. Em nossa avaliação, mais de 90% das clínicas e centros médicos gastam menos de dez minutos observando as crianças interagindo espontaneamente com os seus cuidadores quando conduzem avaliações de desenvolvimento. Isso resultou em numerosos erros de diagnósticos, subestimação das habilidades das crianças, e recomendações de tratamento com ênfase insuficiente dos pontos fortes nos relacionamentos e família.

As famílias e os clínicos precisam ter acesso a essa abordagem moderna para a identificação e o tratamento que está trazendo melhores resultados para as crianças. Com esse novo modelo, nós podemos fazer um trabalho melhor ao identificar ainda mais cedo as crianças em risco, em vez de esperar pelo aparecimento dos sintomas. Nós podemos ajudar as crianças a se tornarem mais calorosas, relacionadas e engajadas. E podemos definir o potencial de cada criança não pelas limitações assumidas, mas pelo seu próprio crescimento. (Fonte: http://topediatrica.blogspot.com)

sábado, 1 de maio de 2010

Abordagem terapêutica para Distúrbios do Espectro Autístico
(DIR - FLOORTIME)


Crianças autistas podem vencer suas dificuldades principais e se tornar solidárias, criativas e reflexivas? Um estudo de follow-up de 10 a 15 anos de um subgrupo de crianças com distúrbios do espectro autístico (DEA) que receberam uma abordagem de desenvolvimento abrangente, individualizada e baseada no relacionamento (DIR).

O desafio de proporcionar aos indivíduos com Distúrbios do Espectro Autístico (DEA) as melhores oportunidades de desenvolvimento tem motivado pesquisadores e profissionais de diversas áreas e familiares a uma busca constante por respostas e alternativas. A ausência de soluções definitivas muito frequentemente gera, por um lado, a manutenção de perspectivas dogmáticas e, por outro, aventuras em experiências "inovadoras" sem o necessário respaldo científico ou a desejável comprovação de resultados.
A construção de uma Prática Baseada em Evidências (PBE) é um importante passo para a continuidade da consolidação da Fonoaudiologia brasileira. A PBE demanda a integração de três princípios básicos: a melhor e mais atualizada pesquisa disponível, a experiência clínica e os valores e preferências do paciente/cliente.

Foi com essa perspectiva que as autoras optaram pela apresentação de uma resenha a respeito de um dos trabalhos publicados por Serena Wieder e Stanley Greenspan que há mais de uma década vêm pesquisando a respeito de uma abordagem terapêutica (DIR/Floortime) para crianças autistas baseada na participação familiar e publicando seus resultados. Recentemente ficou evidenciado o restrito conhecimento da comunidade fonoaudiológica brasileira a respeito desses trabalhos.

Os autores iniciam seu trabalho afirmando que há muitas evidências de que processos emocionais como companheirismo, atenção compartilhada, reciprocidade afetiva e jogo criativo estão associados ao funcionamento social, linguístico e intelectual saudável. A seguir eles propõem a questão: esses processos poderiam ser estimulados em crianças com DEA de forma a possibilitar mais progressos do que se considerava possível? Para responder a essa questão os autores apresentam um estudo de follow-up com 16 crianças e famílias que participaram de um programa de intervenção abrangente de Desenvolvimento, Individualizado e baseado no Relacionamento (DIR/Floortime) que focaliza as ações na construção de blocos de desenvolvimento de relacionamentos, comunicação e pensamento. Esse programa também avalia e intervém em aspectos individuais de processamento sensorial (viso-espacial e auditivo), discriminação e modulação sensorial, sequenciamento e planejamento motor e padrões de interação. Nessa perspectiva o foco é direcionado para os processos de desenvolvimento que levam ao relacionamento, à comunicação e ao pensamento.

A descrição dos 16 sujeitos deste estudo é excepcional em sua abrangência e duração (entre 10 e 15 anos) e possibilita uma perspectiva ampla dos progressos possíveis com indivíduos autistas. São apresentados excertos de entrevistas com os sujeitos e seus pais, dados específicos sobre o desenvolvimento dos sujeitos nas diversas áreas e os resultados da aplicação de um questionário sobre o desenvolvimento funcional emocional com os pais.

 Os princípios básicos que norteiam a intervenção proposta pelo DIR/Floortime são brevemente descritos e os critérios de acompanhamento e avaliação dos resultados são extensamente apresentados.

Todas as crianças desse subgrupo evidenciaram progressos importantes justamente nas áreas fundamentais dos DEA. Embora não seja possível avaliar a representatividade desse grupo, e os autores também mencionem a existência de famílias que também estão se dedicando a suas crianças com o mesmo cuidado e sem os mesmos resultados, uma das importantes conclusões refere-se ao fato de que os progressos continuam durante a adolescência e depois dela.
Os resultados indicam a grande possibilidade de progresso dos autistas de alto-funcionamento a partir da mobilização de pontos críticos para o desenvolvimento emocional e educacional.

Os autores descrevem estudos anteriores, um com dados de 200 pacientes com idades, no início da intervenção, entre dois e oito anos e outro, com análises individualizadas de 20 sujeitos, ambos com tempo de acompanhamento mais curto. Os resultados dessas pesquisas são apresentados brevemente nesse artigo, mas indicam as possibilidades de identificação de progresso em indivíduos com os mais diferentes níveis de desenvolvimento.

A proposta do programa DIR/Floortime tem diversas limitações em sua aplicação integral, sendo que as mais significativas são a econômica e a necessidade de cooperação familiar intensa. Entretanto, o conhecimento a respeito do programa fornece informações úteis para a determinação de abordagens de intervenção para pessoas com DEA.

Por outro lado, a compilação de dados e a publicação de informações (complementarmente, objetivas e subjetivas) a respeito de resultados dos processos de intervenção fornecem fundamentação para o aperfeiçoamento da prática clínica.
 
Resenha do texto: Greenspan SI, Wieder S. Can children with autism masterthe core deficits and become empathetic, creative and reflective? Aten to fifteen year follow-up of a subgroup of children with autismspectrum disorders (ASD) who received a comprehensive developmental,individual-difference, relationship-based (DIR) approach. J Dev Learn Disord. 2005;9:39-61.
Revista Soc. Brasileira de Fonoaudiologia/2010
Comentado por: Fernanda Dreux Miranda Fernandes1, Daniela Regina Molini-Avejonas2